
Sistema de pregos femorais e tibiais TARGON®
Aplicações
O sistema de pregos femorais e tibiais TARGON® é indicado na imobilização de fracturas de ossos tubulares
compridos, do fémur e da tíbia.
Variantes do sistema
• Prego universal para fémur TARGON®
diferentes diâmetros e comprimentos
• Prego universal para tíbia TARGON®
diferentes diâmetros e comprimentos
• Prego de titânio sólido para tíbia TARGON®
diferentes diâmetros e comprimentos
• Prego de titânio sólido para fémur TARGON®
diferentes diâmetros e comprimentos
¾Para mais informações sobre os diâmetros e comprimentos disponíveis, ver o manual cirúrgico O 113 e o
prospecto O 111.
• Prego retrógrado para fémur TARGON®
diferentes diâmetros e comprimentos
¾Para mais informações sobre os diâmetros e comprimentos disponíveis, ver o prospecto O 190.
Implantes a utilizar com os pregos:
• Parafusos de travamento disponíveis em vários diâmetros e comprimentos
• Buchas roscadas para parafusos de travamento
• Parafusos de fecho para a ponta do prego situada do lado de ligação
Material
Os materiais utilizados para os implantes estão indicados na embalagem.
• Liga de titânio forjado ISOTAN®FTi6Al4V segundo ISO 5832-3
• Aço próprio para implantes segundo ISO 5832-1, altamente solidificado por enformação a frio e com superfície
quimicamente passiva.
Os implantes feitos de titânio estão revestidos de uma película de óxido. Possíveis variações ligeiras da cor não têm
qualquer influência sobre a qualidade do implante.
ISOTAN®Fé marca registada da Aesculap AG, 78532 Tuttlingen / Germany.
Indicações
O prego universal para fémur TARGON®, o prego universal para tíbia TARGON®, o prego de titânio sólido para tíbia
TARGON®, assim como o prego de titânio sólido para fémur TARGON® são indicados no caso de:
• Fracturas simples ou expostas da diáfise do fémur e da tíbia
• Pseudartroses e osteotomias de correcção na zona da diáfise
• Reconstruções após uma ressecção de tumores na zona da diáfise
• Osteotomias de prolongamento e de encurtamento na zona da diáfise
• Pseudartrose
• Artródeses da articulação do joelho (TARGON® F comprimento especial)
O prego retrógrado para fémur TARGON® é indicado no caso de:
• Fracturas da diáfise do fémur
• Fracturas extra-articulares e intra-articulares do fémur distal, estas fracturas também com fracturas ipsilaterais
da diáfise do fémur
• Doentes com prótese ipsilateral do joelho, da anca ou outros implantes proximais, como por ex., parafuso coxo-
femoral dinâmico
• Fracturas da diáfise para cujo tratamento é necessário usar implantes proximais adicionais, por ex., em fracturas
ipsilaterais do fémur
• Fractura de diáfise e fixação adicional da tíbia ispilateral com pregos (mesma incisão de acesso prolongada)
• Facturas patológicas
•Pseudartroses
• Artródese de articulação tibiotarsiana
Esta indicação, bem como todas as indicações suplementares, serão da responsabilidade do cirurgião, que deverá
tomar em consideração a situação clínica, biológica e biomecânica especial.
Contra-indicações
Não utilizar geralmente no caso de:
• Infecções agudas ou crónicas
• Lesões graves das estruturas ósseas, susceptíveis de impossibilitar uma implantação estável dos componentes do
implante
• Tumores ósseos na zona da fixação do implante
• Provável sobrecarga do implante
• Abuso de medicamentos ou drogas, ou dependência alcoólica
• Falta de colaboração por parte do doente
• Hipersensibilidade aos materiais do implante
O prego universal para fémur TARGON®, o prego universal para tíbia TARGON®, o prego de titânio sólido para tíbia
TARGON®, assim como o prego de titânio sólido para fémur TARGON® não são indicados no caso de:
• Fracturas simples ou expostas na zona da articulação
• Fracturas do trocânter do fémur
O prego retrógrado para fémur TARGON® não é indicado no caso de:
• Artrite séptica do joelho
Efeitos secundários e interacções
• Alteração da posição, relaxamento, deformação ou ruptura do implante
• Alteração da posição e afrouxamento dos fragmentos
• Infecções precoces ou tardias
• Tromboses venosas, embolia pulmonar e paragem cardíaca
• Hipersensibilidade dos tecidos aos materiais do implante
• Lesão dos nervos, dos tendões e dos vasos sanguíneos
• Hematomas e perturbações da cicatrização de feridas
• Limitação do funcionamento e mobilidade articulares
• Esforço articular limitado e dores articulares
• Recuperação atrasada ou falta de consolidação da fractura
• Formação de pseudartroses
• Síndroma de compartimento
• Dores na região do ponto de inserção do prego e na zona dos componentes de travamento bloqueador
Instruções de segurança
• O teste e a aprovação dos componentes do implante foram realizados em combinação com componentes
Aesculap. o cirurgião assumirá toda a responsabilidade em caso de combinações contrárias às originalmente
previstas.
• O cirurgião assume a responsabilidade pela execução correcta da intervenção cirúrgica.
• O cirurgião deverá dominar, tanto na teoria como na prática, as técnicas reconhecidas de operação.
• Ler e guardar as instruções de utilização; respeitar os manuais cirúrgicos das diferentes variantes do sistema.
• Os riscos gerais associados a uma intervenção cirúrgica não estão descritos nestas instruções de utilização.
• Observar as instruções de utilização dos respectivos componentes dos implantes Aesculap.
• O cirurgião é responsável pela combinação dos componentes do implante e pela sua implantação correcta.
• Só é permitido implantar os implantes TARGON® com o jogo de instrumentos Aesculap previstos para o efeito.
• Usar os componentes de implante apenas nos orifícios previstos para o efeito nos pregos.
• O cirurgião tem de estar familiarizado com a anatomia dos ossos, com o percurso dos nervos e dos vasos
sanguíneos, assim como dos músculos e dos tendões.
• A Aesculap não se responsabiliza por complicações devidas a uma indicação errada, uma escolha de implante
inadequado, por uma combinação errada dos componentes de implante com a técnica cirúrgica, por limites que
possam vir a impor-se aos métodos de tratamento, nem pela ausência de assepsia.
• É proibido combinar componentes de diferentes fabricantes.
• Os implantes que já tenham sido utilizados uma vez para o fim a que se destinam não podem ser reutilizados.
• Nunca utilizar componentes de implante danificados ou removidos por via cirúrgica.
• No relatório do doente deverão ser registados os componentes utilizados no implante, indicando-se o respectivo
número de artigo, a designação do implante, bem como os números de lote e, se necessário, de série.
• Na fase pós-operatória, para além do exercício de recuperação da força muscular e da mobilidade, há que se
prestar especial atenção à informação individual do doente.
• Para se detectar, com a maior precocidade, possíveis causas de erro ou complicações, é imprescindível controlar
periodicamente o resultado da intervenção por meio de medidas apropriadas. Para um diagnóstico exacto, é
necessário realizar radiografias nos planos ântero-posterior e medio-lateral.
• Informar o doente sobre os limites da capacidade física, sobre determinadas regras de comportamento e sobre
os perigos (por ex. falha do implante) no caso da não observância. Os implantes colocados destinam-se a
imobilizar o osso até à recuperação. Eles não suportam o peso nem assumem a função que um osso pode suportar
ou assumir. O doente terá que evitar esforçar excessivamente o membro afectado.
• No caso de sobrecarga dos implantes, existe o perigo de uma fractura do material. No caso de recuperação
atrasada ou de falta de consolidação do osso, de pseudartrose ou de esforço muito forte ou prolongado do
implante, tratar de reduzir as forças que actuam sobre o implante. Isto pode alcançar-se, por ex., através da
dinamização.
• No caso de dinamização, existe o perigo de o prego se deslocar para dentro da zona da articulação do joelho, da
coxa ou do tarso. Quando se pretender realizar uma dinamização, deixar espaço suficiente em frente da ponta
do prego.
• Colocar os implantes TARGON® sempre de forma a que as forças a transmitir sejam baixas e que estas sejam
transmitidas numa fase precoce pelo osso.
• Se existirem orifícios de travamento na altura ou na zona da linha de fractura, tem de se contar com um esforço
muito mais elevado do prego devido ao efeito de alavanca. Isto pode causar uma falha do implante. É
absolutamente necessário que se reduza pós-operatoriamente a força exercida sobre o prego ou que se admita
uma carga completa apenas depois de se ter formado um calo sólido.
• Voltar a remover os parafusos de correcção transmedular do osso ou da fractura depois de o prego ter sido
travado, ou ter em conta, na determinação do esforço admissível para o doente, que o prego fica sujeito a cargas
superiores devido a efeitos de alavanca desfavoráveis.
• Nunca utilizar componentes de implante danificados ou removidos por via cirúrgica. Uma superfície danificada
ou ranhada, nomeadamente na zona dos orifícios do prego, pode levar à formação de fendas e à falha precoce
do implante.
• Evitar grandes esforços durante a implantação e a explantação dos pregos de travamento TARGON®, dos
parafusos de travamento e dos componentes do implante, assim como durante a utilização dos instrumentos. No
caso de surgirem problemas, verificar a posição e o local dos implantes, dos fragmentos e dos instrumentos e
analisar a causa do defeito. Quando necessário, repetir uma ou várias fases de operação precedentes e verificar
os instrumentos (por ex. entupimento da rosca do orifício).
• Usar apenas instrumentos cortantes bem afiados, tal como brocas, fios de guia, etc.
• Aumentar o peso sobre a fractura ou o implante em função da evolução da cura.
• No caso de a recuperação se encontrar atrasada, pode ocorrer uma quebra do implante devido a fadiga do metal.
• Os intervalos a observar para os exames pós-operatórios, o tipo de força exercida e o tratamento pós-operatório
variam de doente para doente em função do peso, da actividade exercida, do tipo e do grau da fractura, assim
como dos ferimentos adicionais do doente. A dimensão do implante desempenha igualmente um papel.
Exames pós-operatórios recomendados nos seguintes intervalos:
• antes de o doente deixar o hospital
• 10-12 semanas pós a intervenção
• 6 meses após a intervenção
• 12 meses após a intervenção
Em caso de implantação do prego através de fio de guia:
• Utilizar um fio de guia adequado
• Evitar que o prego fique emperrado
• Controlar a extremidade do fio de guia mediante raios X
• Remover o fio de guia antes de proceder ao travamento
A Aesculap e a Academia Aesculap oferecem regularmente seminários de formação geral ou de formação sobre
determinados produtos, no âmbito dos quais pode obter-se informações úteis sobre a aplicação e, em especial, para
situações problemáticas.
Esterilidade
• Os implantes são fornecidos em condições não esterilizadas.
• Os componentes do implante são embalados separadamente.
No caso de componentes de implante acondicionados em embalagem original:
¾Guardar os componentes do implante na embalagem original e tirá-los da embalagem original ou da
embalagem protectora apenas no momento da sua utilização.
¾Para reprocessar, esterilizar e disponibilizar os implantes em estado esterilizado, utilizar os alojamentos próprios
para o sistema de implantes.
¾Assegurar que os componentes do implante que foram colocados nos alojamentos não entram em contacto uns
com os outros.
¾Assegurar que os componentes do implante não são danificados de modo algum.
No caso de componentes que se pretende reesterilizar:
ATENÇÃO
Uma nova esterilização pode tornar-se impossível no caso de contaminação com
sangue, secreções e líquidos durante a operação!
¾Para segurar os implantes, usar luvas novas.
¾Guardar os recipientes de armazenamento do sistema de implantes tapados e
fechados.
¾Depois do uso, manter os alojamentos do sistema separados dos cestos dos
instrumentos.
¾Não havendo alojamentos, reprocessar os componentes do implante
individualmente e separados uns dos outros. Assegurar ao mesmo tempo que os
componentes do implante não são danificados durante a limpeza e esterilização.
¾Os componentes do implante que ostentem sujidades devem ser limpos
previamente à mão ou, quando necessário, adicionalmente num banho
ultrassónico.
¾Limpar e desinfectar os componentes do implante à máquina.
¾Executar uma lavagem final com água destilada, desmineralizada ou
completamente dessalinizada.
¾Cumprir as regras aplicáveis no hospital relativamente à produção de material
esterilizado.
ATENÇÃO
Perigo de contaminação do doente!
¾Nunca reesterilizar ou reutilizar os implantes contaminados com, por exemplo,
sangue ou secreções.